terça-feira, 24 de maio de 2011

Assim pra mim

Tô num delírio
de uma alma inquieta
me consumindo
e de tanto
me perco em falta
em falta de mim
preciso mais do que da gota
da poça
do céu
da chuva
que cai
cai como mercúrio
mas não se infiltra no peito
meu coração
de balão
de areia
e que ainda gosta do vento
da ventania
tem medo do aconchego
ou eu sei lá o que
totaliza o remanso
como coisa pouca pra vida
totaliza o remanso
como coisa pouca de se viver
e dentre tormentos se expoe
revelando felicidade
nada mais
tudo mais
tudo menos é mais
assim pra mim.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Como outrora

Teus olhos tal como entendo não passam de simples objetos
Revelam tom de querer
E vai remoe-lo
Cercando-os de espelhos
Que meu olhos se cansam do seus com tal facilidade
E os teus sedentos
Me vigiam demais